J. Chasin e a tese da "Via Colonial"
Resumo
O presente artigo pretende explicitar as principais determinações categoriais e a articulação destas, que constituem a tese da Via Colonial de desenvolvimento da sociabilidade capitalista. Cunhada por José Chasin como uma das resultantes teóricas mais importantes de sua pesquisa de doutoramento empreendida em torno do pensamento conservador no Brasil, especificamente o integralismo de Plínio Salgado, a propositura em questão se apresenta na obra do pensador brasileiro como explicação da rota particular de constituição e consolidação do capitalismo entre nós, bem como das manifestações político-ideológicas havidas na sociedade brasileira. Caracterizado como de matriz atrófico, dado o caráter incompleto do capital sobre o qual se assenta, o conjunto de relações que perfazem o capitalismo brasileiro é entendido como uma forma específica e peculiar de entificação do capital, a qual somente pode ser entendida em remetimento às suas condições históricas igualmente particulares. O que não significa a proposição de um “capital brasileiro”, mas de uma articulação entre as dimensões gerais e particulares de desenvolvimento do capital na sociedade brasileira. Além disso, pretende-se explorar as implicações e prospectivas relativas ao esgotamento ou à superação dessa forma de ser capital pelo desenrolar histórico mundial recente.
Palavras-chave: Marxismo; Capital; Capitalismo híper-tardio; Via Colonial; Brasil.
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