A força de trabalho como forma de ser: protoforma da individualidade do Capital em Marx
Resumo
No presente artigo se apresenta uma análise do conceito marxiano de força de trabalho como uma categoria, um referente ideal geral de natureza teórica, cuja elaboração por Marx potencialmente faculta o rastreamento de traços essenciais para a compreensão crítica do caráter particular assumido pela individualidade nos contornos das formas de sociabilidade do capital. Nesse sentido, a discussão dos textos marxianos, bem como de obras de outros autores que abordam o tema ou questões conexas a este, tem como objetivo enumerar analiticamente, de modo indiciário, as determinações que fazem da força de trabalho livre individual existente como mercadoria do capital uma verdadeira protoforma ou “paradigma” da individuação a partir da modernidade. Para tanto serão tratados quatro conjuntos conceituais, vetores da trajetória desse tipo histórico de elaboração social da individualidade, conforme pode se depreender do estudo das obras de Marx aqui abordadas: 1) a força de trabalho como Daseinsform do capital e força de sua produção; 2) o modo particular de alienação da força de trabalho (Veräußerung); 3) o caráter complexo do “objeto” do qual o capital se apropria; e 4) a relação que o indivíduo tem consigo mesmo como proprietário privado de força de trabalho.
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