Prolegômenos para uma ontologia do ser social, de György Lukács
Resumo
LUKÁCS, Gyögy. Prolegômenos para uma ontologia do ser social. São Paulo, Boitempo, 2010. 414 p.
Lukács é conhecido no Brasil principalmente por seu livro História e consciência de classe. No entanto, seu “Prefácio” de 1967 para o referido livro tem ressalvas importantes quanto ao texto, ressalvas que nem sempre são consideradas com o devido cuidado. Aqui, porém, somente cabe ressaltar uma limitação essencial para que o devido cuidado na apreciação do texto não tenha acontecido no Brasil: nenhuma das principais obras do autor húngaro – como Estética, Ontologia do ser social e Prolegômenos para uma ontologia do ser social – estavam disponíveis para o leitor de língua portuguesa. No que o primeiro ponto a ser destacado quanto à publicação de Prolegômenos para uma ontologia do ser social é: com a publicação da obra, não é mais possível um apoio tão decidido a História e consciência de classe sem que se trate dos argumentos apresentados pelo filósofo marxista em sua fase madura. Agora, as possibilidades para um diálogo de qualidade sobre a obra do autor húngaro estão, em parte, dadas. A partir de agora, visões unilaterais acerca de Lukács só podem ser mal intencionadas – é possível sustentar tanto o Lukács “jovem” quanto o Lukács “maduro”, não há dúvida. No entanto, a obra editada pela Boitempo torna, como indicam Ester Vaisman e Ronaldo Vielmi Fortes na “Apresentação”, impossível que se aceitem críticas rasteiras feitas à obra tardia de Lukács. As críticas de Heller, Markus, Feher e Vajda (as quais, ao que tudo indica, teriam sido incorporadas por pensadores como Habermas) perdem sua fundamentação. Com Prolegômenos para uma ontologia do ser social o nível do debate acerca da obra do autor húngaro dá um salto qualitativo.
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