A realização da filosofia: Marx, Lukács e a Escola de Frankfurt

  • Andrew Feenberg

Resumo

Este artigo explicita a filosofia da práxis presente em quatro pensadores marxistas: o jovem Marx, o jovem Lukács e os filósofos da Escola de Frankfurt, Adorno e Marcuse. A filosofia da práxis sustenta que os problemas filosóficos fundamentais são, na realidade, problemas sociais abstratamente concebidos. Este argumento tem duas implicações: de um lado, os problemas filosóficos são importantes na medida em que refletem contradições sociais reais; de outro lado, a filosofia não pode resolver os problemas que ela identifica, uma vez que somente a revolução social pode eliminar as causas sociais desses problemas. Chamo este argumento de “metacrítico” e defendo a ideia de que a metacrítica, nesse sentido, está na base da filosofia da práxis e pode, ainda, informar nosso pensamento sobre a transformação filosófica e social. As várias projeções de tais transformações distinguem os quatro filósofos discutidos neste artigo. Eles também diferem quanto ao caminho para a mudança social. Eles desenvolvem o argumento metacrítico sob as condições históricas específicas nas quais se encontram. Diferenças nessas condições explicam grande parte da diferença entre eles, especialmente porque a filosofia da práxis depende de uma circunstância histórica – a resolução revolucionária mais ou menos plausível dos problemas no momento em que estão escrevendo.

Palavras-chave: Marxismo; Marx; Lukács; Adorno; Marcuse; metacrítica; práxis.

Biografia do Autor

Andrew Feenberg

Canada Research Chair in Philosophyof Technology, na Escola de Comunicação da Simon Fraser University.

Publicado
2018-03-28
Seção
Tradução