A cientificidade marxiana nos Prologomena de Lukács

  • Antônio José Lopes Alves UFMG
Palavras-chave: Lukács, Marx, cientificidade, Prolegômenos, ontologia

Resumo

No presente artigo são explicitados e analisados os principais elementos da compreensão que lukacsiana acerca do padrão de cientificidade que caracteriza o pensamento marxiano, conforme consignado em sua última obra dedicada à questão da ontologia: Prolegômenos para uma Ontologia do Ser Social. Expondo e elucidando os pontos mais decisivos deste tema no “último” Lukács, procede-se igualmente um cotejamento à forma pela qual este problema foi enfrentado pelo autor em Para uma Ontologia do Ser Social. O que é visível na análise da cientificidade marxiana procedida por Lukács é o reconhecimento de uma conexão essencial entre a constituição da coisa como coisa e a formulação do conhecimento teórico acerca dela. Nesse como em quase todos os momentos da fase madura de seu pensamento, percebe-se que Lukács encarava como uma das tarefas mais importantes para a reconstrução de uma perspectiva teórica autenticamente revolucionária a crítica rigorosa das versões mecanicistas do pensamento marxiano. Uma vez que as categorias científicas portam virtualmente esse caráter de expressões da concretude do ser, o conhecimento em Marx, segundo Lukács, tem como uma das suas determinações o fato de ser irremediavelmente post festum.

Biografia do Autor

Antônio José Lopes Alves, UFMG

Professor titular da UFMG. Doutor (UNICAMP) e Mestre (UFMG) em Filosofia. Docente no Colégio Técnico (UFMG), no Programa de Pós-Graduação em Educação: conhecimento e inclusão social e no Mestrado Profissional em Educação e Docência, ambos também da UFMG. Membro do Grupo de Pesquisa Marxologia: Filosofia e Estudos Confluentes – CNPq.

Publicado
2021-08-24
Seção
György Lukács: 50 anos de sua morte