Partidarismo e crítica literária: alguns elementos para a compreensão da “estética comunista” de Georg Lukács

  • Elisabeth Hess UNB
  • Paula Alves
Palavras-chave: Georg Lukács; crítica e história literária marxista; exílio moscovita; debate sobre o sociologismo vulgar.

Resumo

O presente artigo busca refletir sobre a especificidade da crítica literária desenvolvida por Georg Lukács. A literatura sempre foi um objeto privilegiado em toda sua trajetória intelectual. No entanto, há diferenças consideráveis no modo como ele a aborda, diferenças que respondem, em larga medida, a injunções políticas e históricas. Partimos de considerações mais gerais sobre a relação de Lukács com a literatura, em que se coloca o problema a respeito do papel da história como história literária e como reconciliação entre as necessidades artísticas e aquelas do desenvolvimento histórico. Em seguida, apresentamos mais detidamente alguns aspectos da “estética comunista” de Lukács. Nesse ponto, esse artigo focará na controvérsia contra o sociologismo vulgar, que marcou o desenvolvimento do pensamento estético soviético e teve um papel fundamental na constituição da crítica literária de Lukács. Alguns traços da maneira como Lukács se coloca como historiador e crítico literário aparecem claramente na sua intervenção no debate sobre o romance, um dos episódios do enfrentamento do sociologismo vulgar, que será comentado ao final.

Biografia do Autor

Elisabeth Hess, UNB

Doutora em Literatura e práticas sociais pela Universidade de Brasília e integra a Comissão editorial do Anuário Lukács. E-mail: eishess@yahoo.com.br.

Paula Alves

Mestre em Teoria literária e literatura comparada pela Universidade de São Paulo e integra a Comissão editorial do Anuário Lukács. E-mail: paulaama@hotmail.com.

Publicado
2023-12-07
Seção
Dossiê: Arte, prática e crítica