Presença do idealismo na filosofia da educação de Anísio Teixeira

  • Sabina Maura Silva

Resumo

O presente trabalho objetiva explicitar a natureza idealista do pensamento de Anísio Teixeira, advindo da influência exercida por John Dewey, do qual o educador brasileiro é seguidor. Anísio Teixeira parte do princípio de que a realidade, humana ou natural, somente pode ser compreendida como processo. O real é um conjunto relacional, cuja principal característica é a reciprocidade entre os entes e os processos. Esboça-se no interior desse sistema um painel composto pelas diversas ordens da natureza, indo das formas inorgânicas àquelas definidas pela inteligência, passando pelas orgânicas. No itinerário até se fazer consciente, a natureza percorre o roteiro cujo término é sua auto-realização. A inteligência é a manifestação
humana da natureza. O humano se distingue por se perceber como um ser concretamente existente. Nesse contexto aparecerá o conceito de experiência, de importância central para Teixeira e Dewey, entendido por ambos não como apanágio da subjetividade, mas como algo existente na própria ordem da natureza. Especificamente quanto à experiência educativa, acompanhando a reflexão de Dewey, Teixeira concebe educação como o processo de reconstrução e reorganização da experiência.

Palavras-chave: Anísio Teixeira, Dewey, educação, experiência, idealismo, natureza.

Biografia do Autor

Sabina Maura Silva

Graduação em História pela UNIBH. Graduada em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Mestre em Filosofia pela UFMG. Doutoranda em Educação pela UFMG, na desenvolve pesquisa sobre As Matrizes Filosóficas do Pensamento de Anísio Teixeira, sob orientação da Profª. Drª. Rosemary Dore Soares. É professora de Ética, Epistemologia, Fundamentos de Gestão e Política Educacional e Estudos Integradores: Diversidade Cultural
na Fundação Helena Antipoff – FHA.

Publicado
2018-03-24
Seção
Artigos fluxo contínuo